Mesmo que a mente finita não possa conhecer o infinito, ela deseja ardentemente alcançar a compreensão do sem fim, do eterno. Nicolau compara o finito com um polígono e o infinito com um círculo perfeito, por mais lados que tenha o polígono ele será sempre um polígono e nunca um círculo. Nós podemos nos aproximar das verdades infinitas e eternas, mas nunca vamos alcançá-las.
Saber que não podemos conhecer Deus é por onde começamos a conhecê-lo. A douta ignorância não fundamenta somente o conhecimento de Deus eterno e do infinito, fundamenta também todo o restante que o homem pode conhecer. Reconhecer os limites do nosso conhecimento é o ponto de partida para o nosso conhecimento da verdade.
A mente humana é semelhante à mente divina. A mente humana através do se reconhecer limitada pode descobrir a verdadeira face de Deus. Se olharmos Deus com amor veremos que ele nos olha amorosamente, se olharmos Deus com ira veremos que ele também nos olha irado, se olharmos alegremente para Deus ele também nos mostrará seu rosto alegre. A nossa mente é uma lente que dá cor para as coisas que observamos.
Sentenças:
- O homem é um mundo perfeito e é parte de um grande mundo.
- Tudo quanto é, é porque pode ser o que é.
- Seja você e eu serei teu.
- Deus está em toda a parte e em nenhum lugar.
- A razão é a voz da inteligência e nela se espelha como uma imagem.
Nicolau de Cusa
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